Arte e poder no reinado de Charles II
Fui convidada mais uma vez para o Bloggers Breakfast da The Queen`s Gallery no lançamento da nova exposição da galeria, Charles II: Art & Power.
- Antes de explorarmos a exposião, um pequeno briefing da assessora de imprensa do RCT acompanhado de um café da manhã super gostoso.
É a segunda vez que participo do evento que reúne blogueiros e historiadores para uma prévia da nova exibição da galeria.
Fomos acompanhados por 2 curadores do Royal Colection Trust, o orgão que cuida da coleção de obras de arte da realeza britânica e gerencia a visitação das residências oficiais da rainha Elizabeth II.
- “The Lord Mayor’s Water-Procession on the Thames” (circa 1683) – O quadro representa a procissão do prefeito da City of London, vista do terraço do palácio de Whitehall, residência oficial da monarquia em Londres desde o século 16. O palácio pegou fogo em 1698 e hoje só resta a Banqueting House. O autor da obra é anônimo.
- “London after the Fire” – Wenceslaus Hollar (dated 1667) – Essa gravura é uma vista panorâmica de Londres após o Grande Incêncio de 1666. O rei Charles II nomeou o arquiteto Christopher Wren, juntamente com seis comissários, para literalmente reerguer a cidade das cinzas e o mapa acima foi usado como uma espécie de modelo.
A Restauração da Monarquia
Charles II se tornou rei após o fracasso do governo republicano inglês, que durou somente uma década. Esse período ficou conhecido como Restauração, quando o então príncipe voltou do exílio para restaurar a monarquia no Reino Unido.
- O rei Charles I pintado por Edward Bower no dia do seu julgamento. Acusado de traidor, tirano e inimigo do “Commonwealth of England”, o rei se recusou a reconhecer a legitimidade do Tribunal. Ele foi condenado e executado no dia 30 de janeiro de 1949. No quadro o pintor retrata o senso de dignidade do monarca, sentado na cadeira de veludo e usando seu chapéu e o manto da Ordem da Jarreteira (Order of the Garter), a mais nobre ordem da cavalaria britânica.
- “The Embarkation of Charles II at Scheveningen” c.1660-70, Johannes Lingelbach – A cena mostra toda pompa da cerimônia de despedida de Charless II no porto de Scheveningen, na Holanda, onde ele passou os últimos anos de exílio, rumo à retomada do trono e restauração da monarquia britânica. Abaixo do quadro estão a declaração de Charles II, assinada no tratado de Breda, que selou seu retornou ao trono inglês, e medalhas comemorativas da Restauração.
O reinado de Charles II foi importante no patrocínio de grandes artistas da época
O monarca se preocupou em resgatar as obras de arte de seu pai e também repôr as que foram vendidas e destruídas .
Um comitê foi organizado para ordenar que qualquer pessoa em posse de objetos que perteceram ao rei Charles I os devolvesse imediatamente.
- Boa parte das Jóias da Coroa foi derretida pelo governo republicano e precisou ser refeita como os objetos que foram usados na coroação de Charles II.
Muitos quadros foram devolvidos e, somando as novas aquisições e os presentes recebidos, o rei tinha mais de 1000 pinturas. Muitas delas continuam a pertencer ao Royal Collection Trust.
A coleção não só decorava os palácios reais, mas significava a glória da monarquia restaurada e reforçava a posição de poder do novo rei.
- “The Exeter Salt” c.1630, Johann Hass – é um recipient para sal e outros temperos e foi presenteado ao rei Charles II, na sua coroação, pela cidade de Exeter para afirmar seu reconhecimento e lealdade ao novo monarca.
Um rei sexy e vaidoso
- Retrato de Charles II por John Michael Wright – apesar do rei estar vestido como no dia da coroação, em 1661, acredita-se que esse quadro foi pintado após 1670. O rei era muito vaidoso, uma espécie de playboy, “danadinho”, mas generoso, tolerante e bem humorado, e tinha a busca do prazer acima das virtudes materiais.
Charles II foi casado com a princesa portuguesa, Catarina de Bragança, mas teve várias amantes e muitos filhos ilegítimos, já que a princesa nunca conseguiu levar uma gravidez até o fim e não deixou herdeiros.
- Catarina de Bragança por Jacob Huysmans (1662) – apesar de não ter sido uma rainha popular por ser católica, a princesa portuguesa deixou como herança aos ingleses o hábito de beber chá.
- Charles II, sua esposa e suas amantes
A exposição fica aberta até 13 de maio de 2018.
Endereço – Buckingham Palace, London SW1A 1AA
Estações de metrô mais próximas:
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Victoria (linhas Victoria, Circle e District)
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Green Park (linhas Jubilee, Piccadilly e Victoria)
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St James’s Park (linhas Circle e District)
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Hyde Park Corner (linha Piccadilly)
Mais informações e compra de ingressos no site:
https://www.royalcollection.org.uk/visit/the-queens-gallery-buckingham-palace
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